Por @GracaVignolo

O Festival Varilux de Cinema Francês começou, no Cineflix Pelotas, e lá estava eu já para a primeira sessão. Com 19 longas-metragens, o festival iniciou dia 9 e vai até dia 22. Logo no primeiro dia já assisti a dois ótimos filmes.

O Livro da Discórdia
Youssef (Ramzy Bedia) é um escritor sem sucesso. Resolve então contar sua vida, de um modo irônico, e com poucas mudanças. Para sua surpresa, o livro surpreende a todos, vira um acontecimento e, inclusive ganha o melhor prêmio literário.

Tudo seria ótimo se ele não tivesse escondido de seus pais o tema escrito. E a cada conquista, mais ele precisa dar um jeito para que seus pais não saibam o que acontece.

Youssef ganha o tal prêmio, seus pais vão à Paris e ele precisa manter as mentiras que disse sobre seu casamento e sua casa enorme. Tudo isso com humor inteligente e a ajuda de sua editora Lise (Noémi Lvovsky).

O Astronauta
Jim (Nicolas Giraud, que também dirige o filme) é um engenheiro da aeronáutica, na empresa Arianespace. Por oito anos, paralelo ao seu trabalho na empresa, Jim construiu seu próprio foguete e tem o sonho de realizar o primeiro voo espacial tripulado amador.

Para realizá-lo ele conta com a ajuda da avó e de um amigo que criou um novo combustível. Jim decide ainda encontrar o astronauta Alexandre Ribbot, que aceita seu pedido de parceria.

As duas primeiras partes do filme são mais lentas, mas a terceira parte é maravilhosa. Ver um homem conquistar, não somente seu sonho, mas também o de seu avô, é emocionante.

As imagens são tocantes, o espaço é lindíssimo e o silêncio nos cerca. E então, naquele momento mágico, ele faz uma homenagem. Que não direi qual é, para não estragar a surpresa.

Notas dos dois filmes: 9,5